sábado, 24 de novembro de 2007

Desionização da Água

Como obter água purificada?

A água destilada é largamente utilizada no dia-a-dia como água purificada. Durante a destilação, as impurezas são removidas por um processo de evaporação, seguido de uma condensação. A água pode ser destilada, isto é, sujeita a duas destilações sucessivas para melhorar o grau de pureza. A água bidestilada ainda está longe de ser uma água muito pura.

Um outro processo de purificar a água, mais eficaz, é a desionização, uma técnica que permite remover os sais. A água desionizada é uma água que não tem praticamente sais dissolvidos, mas pode ainda conter compostos não iónicos, como sílica ou matéria orgânica. A desionização da água implica a sua passagem por uma resina de troca iónica. Durante a passagem da água ocorre uma troca de iões com a resina:

  • Os iões negativos (sulfato, carbonato, cloreto) ficam retidos na resina e são substituídos por iões hidróxido.
  • Os iões positivos (sódio, potássio, cálcio , magnésio) são trocados pelo ião hidrogénio.
Para os trabalhos laboratoriais mais exigentes utiliza-se água bidestilada que depois é desionizada. Por fim, é filtrada através de uma membrana de baixa porosidade para remover a matéria orgânica.

Podem-se beber estes tipos de águas?
A ingestão acidental de águas purificadas não representa perigo para a saúde. Mas, se a ingestão for regular, o corpo pode ficar privado dos sais de que necessita, o que pode causar problemas de descalcificação (falta de cálcio nos ossos e nos dentes) ou problemas cardiovasculares. Apesar de não constituir um perigo imediato, beber regularmente água purificada pode ser prejudicial à saúde.



Conceitos relacionados com Hemodiálise

  • Hemodiálise: a solução de diálise passa pelo filtro, ocorrendo trocas de solutos com o sangue por difusão, ultrafiltração e convecção. Nesse processo, a quantidade de líquido removida é de 3 a 6 litros, levando de três a cinco horas em terapia convencional.

  • Hemofiltração: não se usa a solução de diálise, ocorrendo somente a ultrafiltração e convecção. Nesse caso, é utilizado um dialisador de alto fluxo, ou seja, bastante permeável à água. Sendo assim, o volume de líquido retirado do paciente é de 30 a 50 litros por dia. Por esse motivo é infundida uma solução de reposição a fim de compensar essa enorme perda de volume.

  • Hemodiafiltração: é a combinação da hemodiálise e hemofiltração. Usa-se uma solução de diálise e filtro de alto fluxo permitindo uma ultrafiltração de 30 a 50 litros por dia, com a necessidade de se utilizar solução de reposição.

Hemodiálise

O que é a hemodiálise?

A Hemodiálise é o processo de filtragem e purificação de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a ureia. A hemodiálise é realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crónica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais.

Como é feita a hemodiálise?
A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O dialisador é formado por um conjunto de pequenos tubos chamados "linhas". Durante a diálise, parte do sangue é retirado do corpo, passa através da linha de um lado, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha do lado oposto. Actualmente tem havido um grande progresso em relação à segurança e à eficácia das máquinas de diálise, tornando o tratamento bastante seguro. Existem alarmes que indicam qualquer alteração que ocorra no sistema (detectores de bolhas, alteração de temperatura e do fluxo do sangue, etc).




Quanto tempo dura a hemodiálise?

Em geral, a hemodiálise é feita três vezes por semana, com duração de quatro horas cada sessão. Podem existir variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do paciente, assim como numa mulher grávida. Adultos de grande porte podem necessitar de um tempo maior. Actualmente, podemos medir a quantidade de diálise e podemos mudar essa quantidade, aumentado ou diminuindo o tempo de diálise, o número de sessões semanais, o fluxo de sangue ou o tamanho do dialisador.


Como é retirado o sangue do corpo?

A hemodiálise é feita por um tubo (cateter) que é colocado em uma veia grossa que é o acesso vascular para hemodiálise. É o que permite a retirada e a devolução do sangue para a pessoa. O tipo mais frequente de acesso vascular é a fístula.Consiste numa ligação entre uma artéria e uma veia através de uma pequena cirurgia.Esta ligação permitirá a colocação de duas agulhas por onde o sangue sairá para o dialisador e depois será devolvido para a pessoa.




terça-feira, 13 de novembro de 2007

O valor nutritivo dos leites fermentados

A maior parte dos leites fermentados são o resultado da acção de “fermentos” particulares (bactérias ácido lácticas) que se desenvolvem no leite. Alguns leites fermentados também podem incluir leveduras. A qualidade nutricional destas pode ser atribuída ao leite que lhes dá origem e que oferece importantes quantidades de cálcio, proteínas, fósforo e riboflavina. Outros efeitos benéficos são devidos ao processo de fermentação, que resulta em leites fermentados com grande número de microrganismos e produtos de fermentação.

Leveduras muito amigas

As leveduras, como os bolores e cogumelos, são fungos, que se apresentam, usual e predominantemente, sob forma unicelular. A etimologia da palavra levedura tem origem no termo latino levare com o sentido de crescer ou fazer crescer, pois as primeiras leveduras descobertas estavam associadas a processos fermentativos como o de pães e de mostos que provocam um aumento da massa do pão ou do volume do mosto pela libertação de gás e formação de espuma nos mostos.
Como células simples, as leveduras crescem e reproduzem-se mais rapidamente do que os fungos. Também são mais eficientes na realização de alterações químicas, devido à relação área/volume destas.
As leveduras também diferem das algas, pois não efectuam a fotossíntese, e igualmente não são protozoários porque possuem uma parede celular rígida. São facilmente diferenciadas das bactérias em vi
rtude das suas dimensões maiores e das suas propriedades morfológicas.
O Vinho, que há tantos milénios faz parte da dieta diária do Homem mediterrânico, só é possível graças à existência de uma levedura, a mundialmente conhecida Saccharomyces Cerevisiae, que tem a capacidade de transformar os açúcares das uvas em álcool e dióxido de carbono, para além de uma imensidão de compostos, em quantidades vestigiais, com importantes funções nas características aromáticas dos vinhos.
Convém não esquecer que, para além das uvas, muitos outros frutos foram (ou são) utilizados para a produção de bebidas alcoólicas originando os chamados vinhos de frutos como a maçã, a pêra, as tâmaras, o ananás, etc. No caso do pão é a levedura seca activa (LSA) que faz crescer a massa (levedar) e que faz com que o pão fique fofo e leve.

sábado, 10 de novembro de 2007

O Eléctrodo

O método mais avançado e preciso para determinação do pH é fundamentado na medição da força eletromotriz (f.e.m.) de uma célula eletroquímica que contém uma solução de pH desconhecido como eletrólito, e dois elétrodos. Os elétrodos são conectados aos terminais de um voltímetro eletrónico, a maioria das vezes denominado, simplesmente, medidor de pH. Quando convenientemente calibrado com uma solução-tampão de pH conhecido, pode-se ler directamente na escala do aparelho o pH da solução de teste.

O eléctrodo é parcialmente submergido na solução a medir; produz então uma corrente eléctrica proporcional à concentração de H+, que é convertida a um valor numérico. A f.e.m. de uma célula eletroquímica pode ser definida como o valor absoluto da diferença de potenciais de eletrodo entre os dois eletrodos. Os dois elétrodos utilizados na construção da célula eletroquímica têm funções diferentes na medição e devem ser escolhidos cuidadosamente.
Um dos elétrodos, denominado elétrodo indicador, adquire um potencial que depende do pH da solução. Na prática, o elétrodo de vidro é utilizado como elétrodo indicador. O segundo elétrodo, por sua vez, deve ter um potencial constante independente do pH da solução, com o qual, portanto, o potencial do elétrodo indicador pode ser comparado em várias soluções; daí este segundo elétrodo ser denominado elétrodo de referência.
Na medição do pH, o elétrodo de calomelano (saturado) é utilizado como elétrodo indicador.

O Indicador Universal

O papel indicador de pH é um papel impregnado com uma mistura de vários indicadores ácido-base cuja cor varia com o pH da solução, permitindo, assim, estabelecer uma escala corada de pH.
Há vários tipos de papel de pH. Uns apresentam uma gama relativamente alargada de cores diferentes para os valores de pH entre 1 e 10 ou entre 1 e 14; outros apresentam uma gama de cores diferentes para os valores de ph mais elevados, e são, por isso, mais utilizados para soluções alcalinas; outros são mais utilizados para soluções de valores de pH relativamente baixos.
O papel de pH adquire uma cor bem definida quando fica em contacto com uma solução de pH compreendido num intervalo de valores determinados. Este método é rápido e prático mas de leitura aproximada.



Método de utilização do papel de pH

  1. Retirar um pedaço de papel indicador da caixa respectiva e colocá-lo numa placa de vidro.
  2. Utilizar uma pipeta para retirar um pouco da solução a testar.
  3. Colocar uma ou duas gotas de solução sobre o papel indicador.
  4. Comparar a cor adquirida pelo papel com a escala de cores inserida na tampa da caixa.
  5. O número correspondente à cor do papel é o pH da solução.